Bem-vindos a conhecer histórias antigas.
Muito antigas!

Século XX. Era o ano de 1959.
Uma menina curiosa, inquieta e de imaginação muito fértil, aos dez anos,
perguntava aos seus pais, repetidamente, sobre os seus antepassados, ao receber
deles o seu Álbum do Bebê. Era a sua primeira biografia. Neste, deparou-se com a
sua primeira árvore genealógica contendo os nomes de seus pais, avós e bisavós,
maternos e paternos. Estes familiares tinham nacionalidades diferentes: Brasil,
Portugal, França e Alemanha. À época, alguns já falecidos. E foi a partir destas informações
registradas, que a menina iniciou uma busca infantil para conhecê-los. Passou a
indagar aos pais e a outros familiares com muito mais persistência. Seu objetivo era
chegar bem longe, lá no tempo de seus ancestrais. Lá nas origens mais remotas para
saber quem eram e com quem se casaram? Descobrir os lugares onde moraram e
como viveram! Inocentemente, queria chegar ao paraíso! Encontrar com o Adão e
com a Eva! Talvez chegasse até eles, pois já havia ouvido nas aulas de catecismo que
foram os primeiros habitantes humanos na Terra e de onde todos viemos! Mas, quem
haveria de saber as respostas que a menina iria encontrar!?... Por muito tempo, ela
continuava a indagar ao pai e à mãe de uma forma pertinente, bem lúdica:
Eu quero saber quem foram os pais...dos pais...dos pais...dos pais...dos seus pais?
E os pais lhe respondiam: “Minha filha, um dia você desvendará toda a sua
curiosidade porque você é inteligente e uma menina tenaz! E vai descobrir as
respostas que tanto busca!"
Um longo tempo já havia passado! Muitas histórias relatadas eram transmitidas
oralmente entre as famílias e, em alguns livros de famílias, muitas histórias foram
registradas.
Século XVIII. Ano de 1707.
Em Portugal, há tempos, já ocorriam as emigrações para suprir o processo de
colonização, estimuladas por distintas razões e interesses do reino português. Entre
os familiares, muitas versões de fatos sobre LEONEL RODRIGUES SIMÕES, português,
nascido em 1707 numa aldeia localizada no Alto Minho. Ouvia-se que Leonel emigrou
para o Brasil e não se sabia quando e nem por qual porto e local. Mas, é possível
deduzir que ao embarcar teria enfrentado, por longos dias de travessia, momentos
difíceis do transporte marítimo de longo curso, operado à esta época por
embarcações a vapor, de passageiros e cargas, que singravam pelo oceano Atlântico.
Bravamente, LEONEL chegou ao seu destino. A cidade era Baependi em uma região
importante e expressiva do ciclo do ouro, àquela época, na Capitania de Minas
Gerais.
Século XIX. Ano de 1889.
Partiu de Portugal para o Brasil, no dia 9 de dezembro, do Porto dos Leixões, em
Matosinhos, o jovem adolescente de apenas 14 anos, ANTONIO ALVES D’AZEVEDO
com destino à cidade do Rio de Janeiro, fazendo escala em Lisboa. Ao chegar neste
porto, enquanto aguardava o embarque para o destino final, caminhava junto ao
cais e presenciou o desembarque histórico da família real brasileira: o imperador
Dom Pedro II chegando ao exílio após a Proclamação da República do Brasil.
ANTONIO, com sucesso, desembarcou no Rio de Janeiro e foi recebido por familiares
e amigos da família. Logo conseguiu trabalhar no comércio como caixeiro viajante
para obter seus próprios meios de sobrevivência. Ao adquirir esta experiência
profissional, decidiu fixar moradia na cidade de Pouso Alegre, região sul do Estado
de Minas Gerais!
Século XVI. O ano é de 1550.
Muitas histórias registradas estavam adormecidas em arquivos portugueses e
disponíveis para serem pesquisadas e desvendadas por diversas aldeias de
freguesias históricas, ao norte de Portugal na região do Minho. Cenários de lugares
de bela natureza emoldurados por paisagens fluviais encantadoras. Recantos de
muitas moradas anônimas, testemunhas íntimas de seculares moradores situadas
em pequenas glebas com as suas hortas, vinhas, casas rústicas de pedras, casarões e
algumas quintas. Algumas moradas abandonadas. Umas em ruínas acobertadas por
vegetação muito antiga que abrigavam segredos, sentimentos e vivências de
pessoas que ali viveram, no dia a dia da labuta, a transitar por ruas estreitas com
traçados medievais, atentas ao soar dos sinos para ter a noção do tempo e a decifrar
os códigos das badaladas, e assim atender os compromissos das suas paroquias.
Eram os sinos os importantes meios de comunicação social destas idas épocas nas
aldeias e nas freguesias, as quais guardam histórias de famílias ancestrais.
Século XXI. Ano de 2020.
E a pergunta daquela menina? Está ainda a ecoar neste tempo e tornou-se notável.
Ao se encontrar adulta, mudou-se para a cidade do Porto com uma antiga e curiosa
missão: pesquisar, documentar-se para responder a si mesma a pertinente pergunta
sobre - quem foram os pais dos pais de tantos outros pais ao longo de tantos
séculos?! As respostas encontradas compõem este site sobre os troncos
genealógicos das famílias SIMÕES e das famílias AZEVEDO, documentadas em suas
origens a partir das descobertas dos lugares onde nasceram tantos ancestrais!
Bem-vindos a conhecer um tempo decorrido de 1550 a 2024!